terça-feira, 28 de julho de 2020
sábado, 25 de julho de 2020
Seguindo a floresta os homens lá iam, primeiro os dois brancos que eram os senhores, depois os negros, um deles carregando um fardo de palha e o elefantinho sentindo esse rastro violento
da lembrança da mãe. Os homens lá iam e o elefantinho, a caminho da cidade, a caminho do
mar onde um navio o esperava para ser embarcado para longe, bem longe, bem longe da selva.
Lá ia o elefantinho a caminho do jardim zoológico de Hamburgo, cercado de negros com dois
brancos ao comando, lá ia o elefantinho, deixando o lago barrento e macio definitivamente
para trás. Dos seus olhos dóceis e doces escorria uma enorme tristeza.
( Bafatá- Guiné, Junho 1960)
Do livro A CAMINHADA- Livro de Vivências de Sidónio Muralha
da lembrança da mãe. Os homens lá iam e o elefantinho, a caminho da cidade, a caminho do
mar onde um navio o esperava para ser embarcado para longe, bem longe, bem longe da selva.
Lá ia o elefantinho a caminho do jardim zoológico de Hamburgo, cercado de negros com dois
brancos ao comando, lá ia o elefantinho, deixando o lago barrento e macio definitivamente
para trás. Dos seus olhos dóceis e doces escorria uma enorme tristeza.
( Bafatá- Guiné, Junho 1960)
Do livro A CAMINHADA- Livro de Vivências de Sidónio Muralha
quinta-feira, 23 de julho de 2020
segunda-feira, 20 de julho de 2020
quarta-feira, 15 de julho de 2020
Perfilados de medo
Perfilados de medo, agradecemos
o medo que nos salva da loucura.
Decisão e coragem valem menos
e a vida sem viver é mais segura,
Aventureiros já sem aventura,
perfilados de medo, sem mais voz,
o coração nos dentes oprimido,
os loucos, os fantasmas somos nós.
Rebanho pelo medo perseguido,
já vivemos tão juntos e tão sós
que da vida perdemos o sentido...
pág. 204
Poesias Completas de Alexandre O´Neill
1951/1981
(alguma analogia com a nossa situação actual? talvez...)
Perfilados de medo, agradecemos
o medo que nos salva da loucura.
Decisão e coragem valem menos
e a vida sem viver é mais segura,
Aventureiros já sem aventura,
perfilados de medo, sem mais voz,
o coração nos dentes oprimido,
os loucos, os fantasmas somos nós.
Rebanho pelo medo perseguido,
já vivemos tão juntos e tão sós
que da vida perdemos o sentido...
pág. 204
Poesias Completas de Alexandre O´Neill
1951/1981
(alguma analogia com a nossa situação actual? talvez...)
sábado, 11 de julho de 2020
sexta-feira, 10 de julho de 2020
quinta-feira, 9 de julho de 2020
segunda-feira, 6 de julho de 2020
quinta-feira, 2 de julho de 2020
Subscrever:
Mensagens (Atom)