terça-feira, 29 de dezembro de 2020
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
domingo, 6 de dezembro de 2020
domingo, 29 de novembro de 2020
terça-feira, 10 de novembro de 2020
sexta-feira, 6 de novembro de 2020
terça-feira, 3 de novembro de 2020
domingo, 25 de outubro de 2020
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
sábado, 10 de outubro de 2020
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
Do livro "Cartas a Columbano" de M.Teixeira Gomes (páginas 7 e 8.)ARGEL,20-1-26
Querido amigo;
O primeiro mês da minha viagem foi todo em perpétuo mobile: cinematográfico.
Admirado estou de que tão rápidas e numerosas mutações me não aborreçam.
É que o meu caso assemelha-se ao do prisioneiro liberto após o cumprimento de
longa e rigorosa pena. Tudo me alegra e diverte. Outrora viajei sempre devagar,
por um secreto sentimento de dignidade. Correr é ridículo,salvo nas exibições
desportivas. Como se pode ter a consciência daquilo que se vê, se andarmos a galope.
Falar, por exemplo, das impressões da paisagem, que ficam de uma correria em
automóvel, é pura mistificação: para os outros e para nós mesmos...
Em Setúbal o meu vapor, o "Zeus" fez três ou quatro avançadas para a barra,
que fica pelo mar fora, muito longe da cidade, e, como a barra não desse saída,
foram outros tantos regressos, a horas diversas e luzes diferentes. O panorama
ali é soberbo. Levanta-se a costa quase a pique, altíssima e recortada, feita de argila
vermelha, ferruginosa, toda tinhosa de vegetação verde-negra, e dominada pelo esporão
onde assenta o formidável castelo de Palmela; depois os castelos de S.Filipe e do Outão
e, na espessura da Arrábida, o convento desesperadamente ermo, com as celas dispersas,
a escorregarem para o mar.
.......................
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
domingo, 27 de setembro de 2020
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domingo, 6 de setembro de 2020
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domingo, 16 de agosto de 2020
quarta-feira, 5 de agosto de 2020
domingo, 2 de agosto de 2020
sábado, 1 de agosto de 2020
terça-feira, 28 de julho de 2020
sábado, 25 de julho de 2020
da lembrança da mãe. Os homens lá iam e o elefantinho, a caminho da cidade, a caminho do
mar onde um navio o esperava para ser embarcado para longe, bem longe, bem longe da selva.
Lá ia o elefantinho a caminho do jardim zoológico de Hamburgo, cercado de negros com dois
brancos ao comando, lá ia o elefantinho, deixando o lago barrento e macio definitivamente
para trás. Dos seus olhos dóceis e doces escorria uma enorme tristeza.
( Bafatá- Guiné, Junho 1960)
Do livro A CAMINHADA- Livro de Vivências de Sidónio Muralha
quinta-feira, 23 de julho de 2020
segunda-feira, 20 de julho de 2020
quarta-feira, 15 de julho de 2020
Perfilados de medo, agradecemos
o medo que nos salva da loucura.
Decisão e coragem valem menos
e a vida sem viver é mais segura,
Aventureiros já sem aventura,
perfilados de medo, sem mais voz,
o coração nos dentes oprimido,
os loucos, os fantasmas somos nós.
Rebanho pelo medo perseguido,
já vivemos tão juntos e tão sós
que da vida perdemos o sentido...
pág. 204
Poesias Completas de Alexandre O´Neill
1951/1981
(alguma analogia com a nossa situação actual? talvez...)
sábado, 11 de julho de 2020
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quarta-feira, 13 de maio de 2020
fio de prumo: Ferias idilicas
terça-feira, 12 de maio de 2020
segunda-feira, 11 de maio de 2020
domingo, 3 de maio de 2020
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domingo, 2 de fevereiro de 2020
sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
domingo, 26 de janeiro de 2020
Palavras de Vergilio Ferreira
penso-me, reconheço-me uma mulidão de factos,de ideias, de sensações que me foram habitando,
sinto-me eu, um todo, indivisível e irredutível, um ser instalado numa inefável eternidade necessária,
um ser com um quê único,aquele que sou para os outros como os outros o são para mim no seu tom
de voz,no seu modo de gesticularem, na pessoa tão única, tão nítida, tão fascinante, que me causa
terror. Ah, a terrível dificuldade de apanhar na palavra esta evidência tão flagrante, esta realidade
tão vivaz e tão fluida --- esta realidade que dura e nos persegue e está ao pé de nós depois de
alguém nos morrer...
Vergílio Ferreira